Nos últimos anos, pesquisas mostram que a alimentação não só tem um papel crucial em nossa saúde física como também na mental. Se levarmos em consideração que a depressão é uma das doenças que se relacionam com a qualidade nutricional da dieta, a ideia de que a felicidade está no prato faz todo sentido. É óbvio que as emoções e a comida estão relacionadas; todos nós já fomos fortemente impelidos à geladeira em momentos de ansiedade.
Uma dieta saudável, como a mediterrânea, “traz nutrientes fundamentais para o cérebro, importantes porque têm efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e neuroprotetores, que ajudam a combater melhor as consequências negativas do estresse. E a carência de nutrientes essenciais tem suas repercussões, o déficit de algumas vitaminas se relaciona com um estado de ânimo depressivo e com a deterioração cognitiva”, diz o professor de psiquiatria e psicologia médica da Universidade de Valência e membro do comitê executivo da Sociedade Internacional para a Pesquisa em Psiquiatria Nutricional Vicent Balanzá.
Balanzá alerta que a relação entre os nutrientes e a depressão é muito complexa e que não é tão direta como pode parecer, pois há a intervenção de numerosos fatores além desse. “E nos últimos anos aprendemos que o mais relevante à saúde mental é o padrão dietético, a dieta, mais do que um alimento e um nutriente concretos. O que importa ao nosso cérebro é a diversidade e a harmonia entre eles. A dieta é como uma orquestra que pode emitir uma linda música, a saúde, se a cultivarmos”, diz o pesquisador.
Fonte: Asbran – Associação Brasileira de Nutrição/El País /SARAH PALANQUES TOST